A soltura de balões, ainda vista por muitos como uma tradição inofensiva, é um crime ambiental com impactos severos. No primeiro semestre de 2025, ações integradas entre a Polícia Militar Ambiental e a Polícia Civil resultaram em 25 autos de infração e mais de R\$ 380 mil em multas em todo o estado de São Paulo. Além disso, a Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente (DIIMA) da Polícia Civil registrou 13 ocorrências relacionadas ao crime.
As autoridades destacam que os riscos dessa prática vão muito além do imaginado: incêndios, danos a edificações, interrupção de serviços públicos, ameaças à aviação civil e até mortes. “Quando um balão sobe, ninguém sabe onde vai cair. Pode atingir casas, escolas, redes elétricas ou áreas verdes inteiras”, alertou o capitão Felipe Leme.
Segundo o delegado João Blasi, responsável pelas investigações, a participação da população é essencial para combater o crime. Denúncias podem ser feitas pessoalmente nas delegacias ou por canais eletrônicos, com garantia de anonimato.
No ano passado, a Polícia Civil realizou uma grande operação, cumprindo mais de 35 mandados e apreendendo balões e materiais usados para sua confecção. A instituição também mantém um banco de dados para mapear suspeitos e grupos envolvidos. O crime está previsto no artigo 42 da Lei nº 9.605/98 e abrange fabricação, venda, transporte e soltura, com pena de até três anos de prisão.
As ações fazem parte da Operação São Paulo Sem Fogo, iniciativa que reúne órgãos estaduais como Semil, Defesa Civil, Polícia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros, entre outros. A operação atua durante todo o ano, em diferentes fases, para prevenir incêndios e proteger o meio ambiente.
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