Polícia

Ministério Público denuncia trio preso por matar casal a pauladas no interior de SP



Ministério Público denuncia trio preso por matar casal a pauladas no interior de SP
Casal havia sido encontrado com sinais de espancamento em Araçatuba — Foto: Arquivo Pessoal

O Ministério Público denunciou à Justiça as três pessoas presas por envolvimento no assassinato do casal Magali Cantarini Luz e Lourival Aparecido Poletti.

As vítimas foram encontradas mortas com sinais de violência no bairro Jardim TV, em Araçatuba (SP), na madrugada de 14 de janeiro de 2023.

Segundo a Polícia Civil, o filho de Magali, um homem que recebeu R$ 700 para participar das mortes e uma mulher que forneceu remédios para dopar o casal foram presos por participação no assassinato.

Os três viravam réus, pois a denúncia oferecida na segunda-feira (30) pelo promotor Adelmo Pinho foi aceita pela Justiça. “Foram mantidas as prisões dos denunciados, bem como determinada a instauração de incidente de insanidade de um dos acusados. Os réus deverão ser julgados pelo júri popular”, disse o promotor.

Investigação

 

Segundo o delegado José Abonízio, o principal suspeito de cometer assassinato é o filho de Magali e enteado de Lourival. Investigações apontaram que Daniel Cantarini Sorrentino planejava o duplo homicídio desde fevereiro de 2022.

“O filho, a princípio, se envolveu com um suposto espiritualista, que passava certos rituais, como permanecer nu em cemitérios, para ceifar a vida do casal. Como isso não ocorreu, o filho contratou, no final de 2022, uma dupla para realizar a morte. Um dos contratados, à época, recebeu R$ 15 mil, mas não cumpriu com o combinado”, explicou.

Ainda de acordo com o delegado, Daniel, insistindo na ideia de matar a mãe e o padrasto, pagou R$ 700 para outro homem participar dos assassinatos.

“Nós realizamos rapidamente a captura do autor contratado pelo filho. Ele indicou a participação de uma mulher que entregou remédios sedativos para que o casal morresse ou ficasse dopado. Ela também daria o suporte de fuga quando os cadáveres fossem ocultados ou destruídos”, disse.

Daniel e o suspeito contratado usaram o cabo de um machado e um pedaço de pau para agredir as vítimas.

 

Motivação

 

Segundo o delegado, Daniel pode ter encomendado a morte da mãe e do padrasto por questões financeiras.

“O filho alegava que a motivação era as brigas constantes do casal. O autor contratado disse que foi convencido a realizar a execução porque o casal não aceitava a orientação sexual do filho. Porém, a investigação chegou a detalhes de cunho financeiro. Percebemos que o autor contratado pensava que poderia ficar rico. Ele convenceu a autora intelectual que forneceu os medicamentos, dizendo que poderia receber de R$ 200 a R$ 400 mil”, contou.

Ainda conforme o delegado, o suspeito que recebeu os R$ 700 para participar das mortes não soube explicar se os valores prometidos por Daniel sairiam da herança ou seguro de vida das vítimas.

“O autor contratado nos relatou que o filho do casal queria a ocultação dos cadáveres com gasolina, porque receberia o seguro no valor do carro. Outro detalhe é que havia um seguro no nome Lourival, mas que ainda não estava em vigência. Era um valor baixo, R$ 36 mil, mas ainda não estava em vigência”, afirmou.


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