A Polícia Civil do Distrito Federal investiga a morte de Sarah Raissa Pereira de Castro, de oito anos, que sofreu uma parada cardiorrespiratória após inalar desodorante em spray. O incidente ocorreu na última quinta-feira (10), em Ceilândia, e está ligado a um suposto desafio viral divulgado nas redes sociais, conforme relato da família.
Sarah chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Regional de Ceilândia, onde os médicos tentaram reanimá-la por cerca de uma hora. Apesar dos esforços, a menina não apresentou sinais de recuperação neurológica e teve a morte cerebral confirmada pela equipe médica.
O caso acendeu um alerta sobre o chamado “desafio do desodorante”, que incentiva crianças e adolescentes a inalar o produto para testar a resistência à falta de ar. A prática, além de perigosa, pode ser fatal. A polícia busca agora identificar como o conteúdo chegou até a vítima e quem são os responsáveis por sua disseminação. Os envolvidos podem responder por homicídio duplamente qualificado, crime que pode resultar em até 30 anos de prisão.
A médica responsável pelo atendimento de Sarah expressou indignação com a tragédia: “Imagina uma criança de oito anos evoluir para uma morte. Isso é um absurdo, uma loucura”, declarou.
Com dificuldades financeiras para realizar o funeral, a família iniciou uma campanha de arrecadação por meio de Pix, cujo número é (61) 9 9308-6397.
Este não é um caso isolado. Em 2022, João Victor Santos, de 10 anos, também perdeu a vida em Belo Horizonte (MG) após participar do mesmo tipo de “brincadeira”.