Fernandopolense Eloá Stefani Topan conquistou medalha de bronze pela Seleção Brasileira Feminina de Handebol na 24ª edição das Surdolimpíadas de Verão em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul
Por um acaso. Foi assim que a jovem Eloá Stefani Topan, que é portadora de deficiência auditiva, aprendeu e começou a gostar do handebol. “Em 2019 fui candidata a ser voluntária da Surdolimpíadas Nacional em Pará de Minas. Mas, os times de vôlei e handebol estavam faltando atletas e, então, fui chamada para completar. Foi aí que aprendi a gostar prática handebol”, revela Eloá.
Após essa primeira experiência, a atleta participou em 2021 da Surdolimpíada Nacional em São José dos Campos, onde conquistou a medalha de ouro. “Esse ano fui convocada pela Seleção Brasileira de Handebol para Deaflympics 2022 ou Surdolimpíadas, realizada em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, onde conquistamos uma medalha de bronze inédita”.
A Seleção Brasileira conquistou a primeira medalha da modalidade em uma competição olímpica, ao vencer a Seleção do Quênia por 24 a 15. A disputa aconteceu no Ginásio Poliesportivo da Universidade da cidade gaúcha de Caxias do Sul, que recebeu grande público que apoiou a equipe do início ao fim.
Com apenas dois anos na prática do esporte, Eloá já comemora os resultados, seu desempenho em quadra e já faz planos para 2023, quando irá participar do Campeonato Mundial de Handebol na Dinamarca no dia 1 a 16 de Julho. “Foi uma troca de experiência incrível, fiquei impressionada com os atletas de 77 países, cada um com sua cultura e língua de sinais”, revela.
A jovem Eloá sempre foi engajada e participativa nas lutas pelas pessoas com deficiência. Em 2013 participou do Parlamento Jovem Brasileiro, com o projeto que tornava obrigatório a inclusão da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no currículo nacional das escolas de nível fundamental e médio. Projeto esse que, na ocasião, foi aprovado por unanimidade.
