Uma empresária de Campinas (SP) acusou um cirurgião plástico de São José do Rio Preto (SP) de erro médico após um procedimento de troca de próteses de silicone que resultou em deformidades e cicatrizes. A paciente, de 49 anos, registrou uma notícia-crime e busca justiça tanto na esfera criminal quanto cível, exigindo reparação pelos danos físicos e psicológicos sofridos. O médico nega as acusações e afirma que o procedimento seguiu os protocolos médicos.
Investigação e acusações
O procedimento foi realizado em abril de 2022 no Hospital de Otorrino e Especialidades de Rio Preto. Segundo a vítima, o resultado foi frustrante, deixando as mamas assimétricas, inchadas e com cicatrizes maiores que o esperado. Insatisfeita, a paciente submeteu-se a uma cirurgia corretiva em dezembro do mesmo ano, realizada na clínica do médico sob anestesia local, o que, segundo ela, agravou o trauma.
A empresária alegou que os problemas persistiram, levando-a a realizar uma nova cirurgia com outro profissional em 2023, ao custo de R$ 30 mil. Além disso, ela entrou com um pedido de indenização de cerca de R$ 260 mil por danos morais, estéticos e materiais, destacando as consequências psicológicas do ocorrido, como depressão e isolamento social.
Histórico do médico
O cirurgião acusado já enfrenta outros oito processos cíveis por supostos danos morais em procedimentos médicos. Em 2015, foi condenado a pagar R$ 30 mil a uma paciente após uma cirurgia de mastopexia que resultou em cicatrizes anormais. A advogada da empresária mencionou que a situação atual é semelhante ao caso que resultou na condenação anterior.
Defesa do médico
Em nota oficial, o cirurgião nega qualquer erro técnico ou intercorrência no procedimento. Ele reforça que os riscos e limitações das cirurgias foram explicados à paciente e documentados em termo assinado previamente. O advogado do médico, João Paulo Cruz, destacou que o profissional atua há 24 anos, já atendeu mais de cinco mil pacientes e segue os padrões éticos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina. Ele afirma confiar na Justiça e nos laudos periciais para esclarecer os fatos.
Próximos passos
O caso segue em fase de produção de provas e análise de laudos periciais pela Polícia Civil. A 1ª Vara Criminal de São José do Rio Preto determinou a abertura do inquérito policial, que investiga o caso como lesão corporal.